Para Platão amor é eros, isto é, desejo. Mas, aí você poderia se perguntar: "Desejo pelo o quê?". Simples, pelo o que falta.
Na verdade, o conceito platônico de amor não é nem um pouco romântico. Para esse filósofo, nós só amamos aquilo que não temos. Assim sendo, quando finalmente conseguimos o que queríamos, não o desejamos mais e automaticamente deixamos de amá-lo.
Já dá pra perceber que tal visão torna a vida sem sentido e absurda, em uma constante e ininterrupta busca pela satisfação, que nunca será saciada plenamente (pois sempre nos faltará algo), no máximo parcialmente e de maneira efêmera, em que o tão aclamado amor não passa de um sentimento ilusório e algo inútil como enxugar gelo.
Porém, será que a nossa sociedade, em geral, não está mergulhada no eros? Particularmente, diria que está, e nem se apercebe disso.
Por exemplo, podemos constatar isso no consumismo atual
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